quarta-feira, 26 de outubro de 2011



Fonte: Liturgia em Foco


“A contemplação da Arte Sacra nos aproxima de Deus”



Castel Gandolfo (31-08-2011, Gaudium Press). "A meditação, o silêncio, mas também arte sacra nos aproxima de Deus", ressaltou o pontífice.
"Muitas vezes chamei a atenção neste período, sobre a necessidade de todo cristão de encontrar tempo para Deus, para a oração, em meio a tantas ocupações dos nossos dias. O próprio Senhor nos oferece muitas ocasiões para que nos recordemos d'Ele", dessa forma iniciou o Papa a catequese na qual reafirmou a importância da arte sacra no diálogo com Deus porque é Ele a "via das expressões artísticas", e também "via da beleza, da qual falei tantas vezes e que o homem hoje deveria recuperar no seu significado mais profundo", destacou.
Bento XVI também dissertou sobre as emoções que a arte suscita em nossos sentidos
Neste sentido, Bento XVI dissertou sobre as emoções que a arte suscita em nossos sentidos e que podem ser início de uma contemplação de Deus. "Talvez tenha vos acontecido algumas vezes diante de uma escultura, de um quadro, de alguns versos de uma poesia ou diante de uma música, de experimentar no íntimo uma íntima emoção, um senso de alegria". Para o pontífice, a arte sacra, é "o fruto da capacidade criativa do ser humano" e também, "é capaz de expressar e tornar visível a necessidade do homem de ir além daquilo que vê", manifestando a sede e a busca do infinito. É "como uma porta aberta para o infinito, para uma beleza e uma verdade que vão além do cotidiano", sublinhou.
O Papa deu também seu exemplo pessoal sobre as emoções despertadas por oumaba obra de arte, recordando um concerto de músicas de Johann Sebastian Bach, em Munique, regido por Leonard Bernstein. "Ao fim da última peça, uma das Cantatas, senti, não por raciocínio, mas no profundo do coração, que aquilo que tinha escutado me havia transmitido alguma coisa da fé do sumo compositor e que me estimulava a louvar e agradecer ao Senhor", disse.
Na conclusão de sua catequese, Bento XVI observou que as cidades e os países no mundo todo guardam tesouros de arte que expressam a fé e nos chamam a atenção para a relação com Deus. "Que a visita aos lugares de arte, não seja então somente ocasião de enriquecimento cultural, mas possa principalmente tornar-se um momento de graça, de estímulo para reforçar o nosso laço e nosso diálogo com o Senhor, para que paremos para contemplar - na passagem da simples realidade exterior à realidade mais profunda - o raio de beleza que nos atinge, que quase nos 'fere' no íntimo e nos convida a subir em direção a Deus", afirmou.
Nas saudações em várias línguas, o Santo Padre também convidou os fiéis a dialogarem com Deus através da arte. Em português convidou dizendo: "Procurai descobrir na arte religiosa um estímulo para reforçar a vossa união e o vosso diálogo com o Senhor, através da contemplação da beleza que nos convida a elevar o nosso íntimo para Deus". E em espanhol acrescentou, desejando que a arte "não sirva apenas para incrementar a cultura, mas também para promover o diálogo com o Criador de todo o bem".
Pela segunda vez nesse verão o Papa fez sua homilia da porta central do Palácio pontifício de Castel Gandolfo, enquanto as pessoas estavam na praça da cidade.


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