sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Guido Schaffer, o "beato surfista": entre a prancha e a execração.



A abertura do processo de beatificação do "santo surfista" Guido Vidal França Schaffer causou um certo frenesi nos católicos brasileiros.

Uns pela histeria da novidade, como o avanço da teologia dos ditos "santos de calça jeans", outros também pela histeria, mas como se o simples fato do seminarista gostar de surfar fosse motivo de execração pública.

O processo de beatificação, não se deu pelo DETALHE do jovem, médico e seminarista, surfar, mas porque de algum modo surpreendente e exemplar, buscou seguir com perfeição o Evangelho de NSJC, alcançando não só um crescimento espiritual, mas também um transbordamento do amor à Deus no serviço aos sofredores.



A caridade, certamente, é DEVER de todo o cristão. Sim! Mas não por ser uma mera obrigação, mas sim, porque deve ser praticado como serviço amoroso a Cristo mesmo. Não como moeda de troca, mas como desprendimento e desejo de que se conheça Jesus Cristo. Este grau de caridade, penso eu, é expressão da perfeição que todo o cristão honesto deve seguir e assim alcançar a santidade.

Ser santo não é ser canonizado, ser santo é viver com determinação a verdadeira doutrina de Cristo, segundo seu Evangelho e conforme ensina a Santa Religião. A canonização é consequência disso. E isto está ao alcance de todos. A salvação está ao alcance de todos.

E o que é a salvação senão ser santo? .

"Senhor, quem morará em vossa casa e em vosso Monte santo habitará?'
É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua; que em nada prejudica o seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor" (Sl 14, 1-4).

Pois bem. Vigiemos para alcançarmos a salvação, isto é, sermos santos.

Sejamos mais espertos que os filhos deste mundo.

Sejamos santos.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Resposta ao infeliz Programa Em Frente, da TV Aparecida

Caríssimos,

Salve Maria Santíssima, a Mãe Aparecida, Imperatriz do Brasil e de todo o povo brasileiro.

No último dia 03, em vossa programação, foi exibido o programa “Em Frente”, programa que desconheço, nunca assisti e, pouco me interesse sabê-lo. A verdade é que fui obrigado a verificar as informações a nós chegadas, diante do escândalo que tal pasquim televisivo se tornou.

(Aqui o link com o vídeo)

É de minha conduta verificar informações antes de tecer opiniões. O que me leva a escrevê-los.

Pois bem. No caso mencionado, o apresentador do programa- para nossa infelicidade um sacerdote- foi consultado a respeito do uso do véu por uma senhora de 70 anos, mui lúcida e sensata. Isto porque, segundo afirmou, seu pároco pediu que as mulheres usassem véu nas Missas.

Para espanto de todos, a pergunta foi encarada com ar chistoso em total desrespeito. O estarrecimento do apresentador e dos demais foi vergonhoso, como se usar um véu fosse diminuir a liberdade de qualquer mulher católica. As grandes mulheres que conheço usaram véu, meus senhores, a saber, Santa Teresa de Jesus, Santa Hildegarda de Bingen, Santa Teresa do Menino, a Excelsa Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria. E mais, há um sem número de senhoras e moças que conservam este santo costume. Aliás, os doutos apresentadores poderiam ter-nos brindado com citação do documento que diz às mulheres católicas: RETIREM O VÉU, SEJAM LIVRES. Risos levianos e dignos de asco.

O assunto avançou um pouco mais! Foi dito que o padre pode celebrar a missa em latim, para um pequeno grupo, e pedir que as senhoras usem véu para dar um ar “pitoresco”. Quanto a este assunto, creio que um programa aparentemente de culinária, no estilo “Mais Você”, não tem gabarito para responder de maneira tão simplória a questão, haja vista que, se a Santa Missa no “Rito de Trento” com uso de véu, com todos os rapapés e indumentárias é algo pitoresco, agradeçamos ao Papa Bento XVI- e todos os seus predecessores- que assim celebraram e jamais condenaram (nem mesmo se pudessem!).

Papa Bento XVI, em seu reinado, usava indumentária há tempos esquecida, com a pompa própria e digna ao Vigário de Cristo e ninguém jamais ousou chamá-lo, em rede nacional, de “papa pitoresco”. Por quê, será?!

Outra pérola e esta, de fato, foi a pior de todas as leviandades, foi a máxima: “
Por trás de gente que gosta de tanta indumentária existem muitas dúvidas”[seguido de um solene ar de suspense]. Se não foi isso, foi algo muito parecido...

Por em dúvida a honestidade e retidão de um sacerdote só por suas vestes é, com o perdão da palavra, uma perversidade assombrosa. Ora, se antes do Concílio todos eram OBRIGADOS a usar TODOS OS PARAMENTOS/INDUMENTÁRIAS seriam todos eles cheios de dúvidas? São João XXIII, para carregado em sedia gestatória portando sua coroa papal; Venerável Papa Pio XII, príncipe de Deus, pastor angélico com majestosa solenidade; São João Paulo II, com seu carisma e autoridade, portando o fanon papal e a hierofante; Bento XVI e suas solenes celebrações na busca da reforma da reforma. Teriam estes algo obscuro a ser revelado? Segredos obscenos e obsessivos que podem ser sondados pelo padre apresentador?

Suporto muitas coisas, muitos ataques pessoais e à Igreja, quando vindos de protestantes. Mas assistir católicos atacando com malícia e achincalhamento o que é próprio da Igreja, é algo que eu não consigo aceitar e/ou suportar.

Penso que a resposta, nada imparcial, dada à telespectadora foi um verdadeiro desserviço ao povo católico que apoia, colabora, reza e ajuda financeiramente a TV Aparecida. É triste! Lamentável! Vergonhoso! A condenação sumária de centenas, milhares, de padres e seminaristas que buscam ter uma vida santa e honesta- ainda que com indumentárias em demasia e ar pitoresco, são verdadeira desonestidade farisaica, que busca tirar o cisco do olho alheio antes de tirar a trave de sua visão.

O catolicismo perde. O reino de satanás avança.

Nossa Senhora Aparecida, rogue por todos nós, para que sejamos mais prudentes e verdadeiramente humildes.

Frei Jonatan Rocha do Nascimento

Em Cristo.

sábado, 12 de abril de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 09/04/14

Salve Maria Santíssima! Viva Cristo na Hóstia Sagrada!

O Santo Padre Francisco iniciou uma série de Catequeses referentes aos SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO.
Acompanhemos com disposição e filial ternura as palavras de nosso pastor.




CATEQUESE - DONS DO ESPÍRITO SANTO - 
SOBRE A SABEDORIA.
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 9 de abril de 2014



Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Iniciamos hoje um ciclo de catequeses sobre os dons do Espírito Santo. Vocês sabem que o Espírito Santo constitui a alma, a seiva vital da Igreja e de cada cristão: é o amor de Deus que faz do nosso coração a sua morada e entra em comunhão conosco. O Espírito Santo está sempre conosco, está sempre em nós, no nosso coração.
O próprio Espírito é “o dom de Deus” por excelência (cfr Jo 4, 10), é um presente de Deus e à sua volta comunica a quem o acolhe diversos dons espirituais. A Igreja identifica sete, número que simbolicamente diz plenitude, completude; são aqueles que se aprendem quando nos preparamos ao sacramento da Confirmação e que invocamos na antiga oração chamada “Sequência ao Espírito Santo”. Os dons do Espírito Santo são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor a Deus

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 02/04/14 - Sobre o Matrimônio



CATEQUESE - Sobre o Matrimônio
Praça Pedro
Quarta-feira, 2 de abril de 2014



Hoje concluímos o ciclo de catequeses sobre os sacramentos falando do matrimônio. Este sacramento nos conduz ao coração do desígnio de Deus, que é um desígnio de aliança com o seu povo, com todos nós, um desígnio de comunhão. No início do Livro do Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, no ápice do relato da criação se diz: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e mulher… Por isto o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gen 1, 27; 2, 24). A imagem de Deus é o casal matrimonial: o homem e a mulher; não somente o homem, não somente a mulher, mas todos os dois. Esta é a imagem de Deus: o amor, a aliança de Deus conosco é representada naquela aliança entre o homem e a mulher. E isto é muito belo! Fomos criados para amar, como reflexo de Deus e do seu amor. E na união conjugal, o homem e a mulher realizam esta vocação no sinal da reciprocidade e da comunhão de vida plena e definitiva.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 26/03/14 - Sobre o Sacramento da Ordem



CATEQUESE - SOBRE O SACRAMENTO DA ORDEM
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 26 de março de 2014


Queridos irmãos e irmãs,

Já tivemos oportunidade de referir que os três sacramentos, do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia, constituem juntos o mistério da “iniciação cristã”, um único grande evento de graça que nos regenera em Cristo. É esta a vocação fundamental que une todos na Igreja, como discípulos do Senhor Jesus. Há depois dois sacramentos que correspondem a duas vocações específicas: trata-se da Ordem e do Matrimônio. Esses constituem dois grandes caminhos através dos quais o cristão pode fazer da própria vida um dom de amor, a exemplo e em nome de Cristo, e assim cooperar à edificação da Igreja.

A Ordem, caracterizado nas três grades do episcopado, presbiterato e diaconato, é o Sacramento que habilita ao exercício do ministério, confiado pelo Senhor Jesus aos apóstolos, de apascentar o seu rebanho, no poder do seu Espírito e segundo o seu coração. Apascentar o rebanho de Jesus não com o poder da força humana ou com o próprio poder, mas aquela do Espírito e segundo o seu coração, o coração de Jesus que é um coração de amor. O sacerdote, o bispo, o diácono deve apascentar o rebanho do Senhor com amor. Se não o faz com amor não serve. E nesse sentido, os ministros que são escolhidos e consagrados para este serviço prolongam no tempo a presença de Jesus, se o fazem com o poder do Espírito Santo em nome de Deus e com amor.


segunda-feira, 24 de março de 2014

Poesia de José de Anchieta - I

ANTOLOGIA

JOSÉ DE ANCHIETA

Salve Maria Santíssima! 

Começamos nesse post a divulgar algumas poesias do Bem-aventurado José de Anchieta, conforme indicação bibliográfica ao final. No dia 2 de abril próximo o Santo Padre Francisco canonizará o Beato José de Anchieta, por decreto equipolente. Considerado <<Apóstolo do Brasil>>, seus poemas são exímias catequeses. Compartilhamos com os leitores essas linhas de contornos simples, simplicidade essa que foi preocupação primeira de Anchieta, em sua obra literária. 

Viva (São) José de Anchieta!


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DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO


Ó que pão, ó que comida,
Ó que manjar
Se nos dá no santo altar
Cada dia!

Filho da Virgem Maria,
Que Deus-Padre cá mandou
E por nós na cruz passou
Crua morte,

E para que nos conforte
Se deixou no sacramento
Para dar-nos, com aumento,
Sua graça,

Esta divina fogaça
É manjar de lutadores,
Galardão de vencedores
Esforçados,

Deleite de namorados,
Que, co’o gosto de pão,
Deixam a deleitação
Transitória.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 19/03/14 - Sobre São José



CATEQUESE - Sobre São José
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 19 de março de 2013


São José Educador

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje, 19 de março, celebramos a festa solene de São José, Esposo de Maria e Patrono da Igreja universal. Dediquemos, então, esta catequese a ele, que merece todo o nosso reconhecimento e a nossa devoção por como soube proteger a Virgem Santa e o Filho Jesus. O ser guardião é a característica de José: é a sua grande missão, ser guardião.



quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 26/02/14 - Unção dos Enfermos



CATEQUESE - UNÇÃO DOS ENFERMOS
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014



Queridos irmãos e irmãs, bom dia

Hoje gostaria de falar a vocês do Sacramento da Unção dos Enfermos, que nos permite tocar com a mão a compaixão de Deus pelo homem. No passado, era chamado “Extrema unção”, porque era entendido como conforto espiritual na iminência da morte. Falar, em vez disso, de “Unção dos enfermos” ajuda-nos a alargar o olhar à experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 19/02/14 - Confissão



CATEQUESE - Confissão
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014




Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Através dos Sacramentos da iniciação cristã, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, o homem recebe a vida nova em Cristo. Agora, todos sabemos disso, nós levamos essa vida “em vasos de barro” (2 Cor 4, 7), ainda estamos sujeitos à tentação, ao sofrimento, à morte e, por causa do pecado, podemos até mesmo perder a nova vida. Por isto o Senhor Jesus quis que a Igreja continuasse a sua obra de salvação também através dos próprios membros, em particular o Sacramento da reconciliação e aquele da Unção dos enfermos, que podem ser unidos sob o nome de “Sacramentos da cura”. O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando eu vou confessar-me é para curar-me, curar a minha alma, curar o coração e algo que fiz e não foi bom. O ícone bíblico que o exprime melhor, em sua profunda ligação, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela ao mesmo tempo médico das almas e dos corpos (cfr Mc 2,1-12 // Mt 9,1-8; Lc 5,17-26).


domingo, 16 de fevereiro de 2014

SERMÃO DA SEPTUAGÉSIMA

SERMÃO DA SEPTUAGÉSIMA


Santo Antônio de Lisboa


Exórdio. Sermão para formar o coração do pecador


1. No princípio criou Deus o céu e a terra 1.

A Ezequiel2, ou seja, ao pregador3, fala o Espírito Santo: E tu, filho do homem, pega num tijolo e desenha nele a cidade de Jerusalém. O tijolo, pelas quatro propriedades que possui, significa o coração do pecador4. Forma-se de duas tábuas5, é levado a uma extensão determinada, consolida-se pelo fogo, torna-se vermelho. Também o coração do pecador deve formar-se entre as duas tábuas de ambos os Testamentos. De fato, no meio dos montes, isto é, dos dois Testamentos, como diz o Profeta6, passarão as águas, a saber, as águas da doutrina7. E diz bem: forma-se, pois que o pecador, deformado pelo pecado, recebe forma pela pregação de ambos os Testamentos. O tijolo é levado a uma extensão determinada, já que a amplidão da caridade alarga o coração estreito do pecador. 

Donde a palavra do Salmo8: O teu mandamento é imensamente grande; e a caridade é a mais larga do que o oceano. O tijolo consolida-se pelo fogo, uma vez que o espírito, cheio de humores e dissolúvel, através do fogo da tribulação se consolida, a fim de que não se derrame no amor das coisas temporais, porque, na frase de Salomão9, o que a fornalha faz ao ouro, a lima ao ferro, o mangual ao grão, isto faz a tribulação ao justo. O tijolo torna-se vermelho. Nisto se nota a audácia do zelo santo, de que fala o Profeta10: O zelo da tua casa, isto é, da Igreja ou da alma fiel, devorou-me. E Elias11: Ardo de zelo pela casa de Israel.

No tijolo, portanto, notam-se quatro coisas: A ciência de cada um dos Testamentos, para instrução do próximo; a abundância da caridade, para o amar; a paciência da tribulação, para suportar o opróbrio por amor de Cristo; a audácia do zelo, para dar cabo de todo e qualquer mal. Pega, conseguintemente, num tijolo e desenha nele a cidade de Jerusalém.

2. A Jerusalém espiritual é tripla: a primeira é a Igreja militante; a segunda, a alma fiel; a terceira, a pátria celeste12. Pegarei, portanto, em nome do Senhor, num tijolo, isto é, no coração de qualquer ouvinte, e desenharei nele a tripla cidade, isto é, os artigos (da fé) da Igreja, as virtudes da alma, os prêmios da pátria celeste, sob o número sete13, trazendo à colação sentenças de ambos os Testamentos, e expondo-as.

I – Os sete dias da criação e os sete artigos da fé

3. No princípio criou Deus o céu e a terra, etc. Entenda-se o continente e o conteúdo14. Deus Pai, no princípio, ou seja, no Filho, criou e recriou15. Criou em seis dias, descansando ao sétimo; recriou com seis artigos da fé, prometendo no sétimo o descanso eterno.

No primeiro dia disse Deus: Faça-se a luz, e a luz foi feita16. O primeiro artigo de fé é a Natividade. No segundo dia, disse Deus: Faça-se o firmamento no meio das águas e separe umas águas de outras águas17. O segundo artigo da fé é o Batismo. No terceiro dia, disse Deus: Produza a terra erva verde e que dê semente, e árvores frutíferas que produzam fruto segundo a sua espécie18. O terceiro artigo é a Paixão. No quarto dia, disse Deus: Façam-se dois grandes luzeiros no firmamento19.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 12/02/2014 - Continuação sobre a Eucaristia



CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014




Queridos irmãos e irmãs, bom dia,

Na última catequese, destaquei como a Eucaristia nos introduz na comunhão real com Jesus e o seu mistério. Agora podemos nos colocar algumas perguntas sobre a relação entre a Eucaristia que celebramos e a nossa vida, como Igreja e como cristãos individualmente. Como vivemos a Eucaristia? Quando vamos à Missa aos domingos, como a vivemos? É somente um momento de festa, é uma tradição consolidada, é uma ocasião para se encontrar ou para sentir-se bem, ou é algo a mais?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 05/02/14 - Eucaristia



CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2014




Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje falarei a vocês da Eucaristia. A Eucaristia coloca-se no coração da “iniciação cristã”, junto ao Batismo e à Confirmação, e constitui a fonte da própria vida da Igreja. Deste Sacramento de amor, de fato, nasce cada autêntico caminho de fé, de comunhão e de testemunho.


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 22/01/14 - Crisma



CATEQUESE - Crisma (Confirmação)
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2014





Queridos irmão e irmãs,

Sábado passado iniciou-se a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que se concluirá sábado próximo, festa da conversão de São Paulo apóstolo. Esta iniciativa espiritual, mais do que nunca preciosa, envolve as comunidades cristãs há mais de cem anos. Trata-se de um tempo dedicado à oração pela unidade de todos os batizados, segundo a vontade de Cristo: “que todos sejam um” (Jo 17, 21). Todos os anos, um grupo ecumênico de uma região do mundo, sob a condução do Conselho Ecumênico das Igrejas e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, sugere um tema e prepara subsídios para a Semana de Oração. Este ano, tais subsídios são provenientes das Igrejas e comunidades eclesiais do Canadá, e fazem referência à pergunta dirigida por Paulo aos cristãos de Corinto: “Então estaria Cristo dividido?” (1 Cor 1, 13).

Certamente Cristo não está dividido. Mas devemos reconhecer sinceramente e com dor que as nossas comunidades continuam a viver divisões que são um escândalo. As divisões entre nós cristãos são um escândalo. Não há outra palavra: um escândalo. “Cada um de vós – escrevia o apóstolo – diz: “Eu sou de Paulo”, “Eu sou de Apolo”, “E eu de Cefas”, “E eu de Cristo”” (1, 12). Mesmo aqueles que professavam Cristo como seu líder não são aplaudidos por Paulo, porque usavam o nome de Cristo para separar-se dos outros dentro da comunidade cristã. Mas o nome de Cristo cria comunhão e unidade, não divisão! Ele veio para fazer comunhão entre nós, não para dividir-nos. O Batismo e a Cruz são elementos centrais do discipulado cristão que temos em comum. As divisões, em vez disso, enfraquecem a credibilidade e a eficácia do nosso compromisso de evangelização e arriscam esvaziar a Cruz do seu poder (cfr 1,17).

Catequese com o Papa Francisco – 15/01/14 - Sobre o Batismo (parte II)



CATEQUESE - Batismo (Continuação)
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 15 de janeiro de 2014





Queridos irmãos e irmãs, bom dia.

Quarta-feira passada iniciamos um breve ciclo de catequeses sobre os Sacramentos, começando pelo Batismo. E sobre o Batismo gostaria de concentrar-me ainda hoje, para destacar um fruto muito importante deste Sacramento: esse nos torna membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus. São Tomás de Aquino afirma que quem recebe o Batismo é incorporado a Cristo quase como seu próprio membro e é agregado à comunidade dos fiéis (cfr Summa Theologiae, III, q. 69, art. 5; q. 70, art. 1), isso é, ao Povo de Deus. Na escola do Concílio Vaticano II, nós dizemos hoje que o Batismo nos faz entrar no Povo de Deus, nos torna membros de um Povo em caminho, um Povo peregrino na história.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Catequese com o Papa Francisco – 08/01/14 - Batismo

Salve Maria!

Sua Santidade o Papa Francisco, iniciou no dia 08 de janeiro uma série de catequeses relativas aos sacramentos. Começou tratando do Batismo. Acompanhemos o Santo Padre nesse percurso espiritual.








CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 8 de janeiro de 2014






Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje iniciamos uma série de catequeses sobre Sacramentos, e a primeira diz respeito ao Batismo. Por uma feliz coincidência, domingo próximo é justamente a festa do Batismo do Senhor.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Feliz Ano Novo de São Pedro Julião Eymard.

Venha a nós o vosso Reino! Que o Reino de Nosso Senhor se dilate e se aperfeiçoe, tais devem ser nossos suspiros de amor, neste primeiro dia do ano novo. Que seja conhecido e amado nos lugares onde não é conhecido e amado. Que todos completem em si a obra da Encarnação e da Redenção. E onde é Nosso Senhor conhecido e amado? Ah! Pequeno, bem pequeno reino de Jesus Cristo. Há trezentos anos que os homens pisam sobre seus direitos como sobre os da Igreja. Perseguem a Nosso Senhor. Arrancam-lhe templos e povos. Oh! Quantas ruínas eucarísticas!

Tão numerosos são os povos que jamais receberam a luz da Fé! Como poderá Nosso Senhor estabelecer neles seu reinado? Bastaria um Santo. Desejar, portanto, a Nosso Senhor bons sacerdotes, verdadeiros apóstolos, deve ser objeto de nossa prece confiante. Poderemos abandonar os pobres e infiéis que não conhecem nem o Pai celeste, nem a terna Mãe, nem Jesus seu Salvador, entregues como estão ao seu mísero estado? Ah! Que crueldade! Entenda-se, amplie-se o Reino de Nosso Senhor pelas nossas orações. Recebam os pagãos a luz da Fé, conheçam o Salvador! Tornem os hereges e cismáticos ao aprisco, unidos sob o cajado do Bom Pastor!

E por entre os católicos, qual o reinado de Jesus Cristo? Rogai incessantemente pela conversão dos maus católicos, cuja fé é, por assim dizer, inexiste. Pedi a conservação da fé para aqueles que ainda a têm. Pedi essa mesma graça para todos os membros de vossa família, pois enquanto existir esse resto de união a Nosso Senhor, haverá esperança. Judas, ao lado do Salvador, dispunha de maios necessários à salvação: bastava-lhe apenas uma palavra; mas quando abandonou o Mestre, consumou-se o mal e ele se precipitou no abismo profundo.

Pedi, pelo menos, a conservação da Fé em Jesus Cristo, num ou noutro Mistério.

E, para trabalhar pela preservação da Fé, adotai uma linguagem cristã, toda impregnada dessa mesma Fé. Mudai o modo de falar do mundo. Consentimos, por indigna tolerância, que Nosso Senhor seja afastado dos costumes, das leis, da polidez, ao ponto de não ousarmos nos referir a Jesus Cristo numa reunião um tanto mista.

Mesmo entre os católicos praticantes, chamaríamos a atenção se falássemos de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento. Há tantas almas, dir-se-ia, que não cumprem com o dever pascal, que não vão à Missa, que grande é o receio de ferir um conviva, talvez o próprio anfitrião, que se encontra nesta situação. Falar-se-á arte religiosa, das verdades morais, das belezas da religião, mas de Jesus Cristo na Eucaristia, nunca! Pois bem, mudai de rumo. Fazei profissão aberta da Fé. Sabei dizer Nosso Senhor Jesus Cristo, e nunca só Cristo. É preciso, afinal, mostrar que Nosso Senhor tem direito a viver, a reinar na linguagem da sociedade. É desonra para os católicos ocultarem a Nosso Senhor como o fazem. Urge mostrá-lo por toda a parte. E quem professar francamente sua fé, quem ousar pronunciar o Nome de Jesus Cristo, se colocará à altura de sua Graça. Saibam todos, em público, qual a nossa Fé.