terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

QUARTA-FEIRA DE CINZAS






“Memento, homo, quia pulvis es, et in púlverem revertéris” Gen. 3, 19.

O rito da bênção e da imposição das cinzas abre oficialmente a Quaresma, já começada à meia-noite. Os Padres dos primeiros séculos fazem freqüentes referências à penitência “in cinere et cilício” dos cristãos, aliás já em uso entre os hebreus e os pagãos. A verdadeira penitência pública e oficial foi introduzida na igreja nos séculos V e VI.
            “O período da penitência canônica começava na Quarta-feira de Cinzas e estendia-se até a Quinta-feira Santa. Em Roma, no século VII, os penitentes se apresentavam aos Sacerdotes a isso delegados, faziam sua confissão e, se era o caso, recebia uma veste de cilício, coberta de cinzas, ficando impedidos de entrar na igreja e com ordem de retirar-se a algum mosteiro onde pudessem cumprir a penitência da Quaresma” (Cardeal Schuster).
            Em outros lugares, os penitentes cumpriam na própria casa a penitência imposta. “Era, porém, uso geral começar a Quaresma com a Confissão, não só para purificar a alma, mas também para poder receber mais frequentemente a santa Comunhão no período sagrado” (Righetti).
            No século X, caindo em desuso a penitência pública, introduziu-se o costume de impor as cinzas também aos fiéis, uso que bem cedo se generalizou e foi aprovado por Urbano II.
            As cinzas se obtém queimando as palmas e oliveiras bentas no ano precedente no Domingo de ramos, são símbolo da morte e da caducidade das criaturas, (às quais o pecador se volta quando comete o pecado): elas mesmas admoestam-no a voltar a Deus com a penitência sacramental e a humildade. Aos fiéis que as recebem com devoção, o sacramental da imposição das Cinzas obtém a verdadeira compunção, o perdão dos pecados, a saúde da alma e do corpo, a vitória sobre os espíritos malignos e, sobretudo, a graça que santificará a Quaresma.


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