segunda-feira, 19 de março de 2012

O SACRAMENTO DA CONFISSÃO, O ARREPENDIMENTO E O PROPÓSITO E OS MEIOS DE EXPIAÇÃO - Meditação quaresmal


                                               A CONFISÃO
            O Evangelho narra a instituição da Confissão ou Penitência, que é o sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do Batismo. A matéria é dupla: a remota são todos e somente os pecados mortais ainda não confessados ou confessados mal e os pecados veniais; a próxima são os atos que o penitente faz na Confissão: acusação, dor e penitência sacramental. O ministro é somente o sacerdote aprovado pelo Bispo. O sujeito é todo batizado, culpado pelo menos de um pecado venial.
            A Confissão obriga pelo menos uma vez no ano, em perigo de morte e depois de pecado grave.
          Os efeitos da Confissão são a remissão de todos os pecados, o conferimento e o aumento da graça santificante, a remissão da pena eterna e temporal, a posse novamente de todos os méritos perdidos com o pecado e a graça sacramental.
           Para se fazer uma boa Confissão exigem-se cinco coisas: o exame de consciência, a dor dos pecados, o propósito de não os cometer mais, a confissão e a satisfação ou penitência.
        O exame de consciência é uma diligente indagação de todos os pecados mortais, cometidos por pensamentos, palavras, obras e omissões, contra os mandamentos de Deus e da Igreja e as obrigações do próprio estado, começando-se da última Confissão bem feita.



O ARREPENDIMENTO E O PROPÓSITO
             A verdadeira Confissão exige o arrependimento e o propósito.
            O arrependimento ou dor é o pesar e o ódio dos pecados cometidos, que nos faz propor não mais pecar. Deve ser interno, sobrenatural, universal e apreciativamente sumo (ao menos para todos os pecados graves).
            O arrependimento é de duas espécies: perfeito ou contrição, que é o pesar dos pecados cometidos porque ofensa a Deus, nosso Pai, infinitamente bom e amável e porque causa da Paixão e da Morte de Jesus Cristo; imperfeito ou atrição, que é o pesar dos pecados cometidos, pelo temor dos castigos sobrenaturais, eternos e temporais e pela feiúra do pecado. A contrição obtém-nos logo o perdão dos pecados, com a graça santificante e a remissão da pena eterna e pelo menos de uma parte da temporal (fica todavia a obrigação da Confissão); ao invés, a atrição justifica somente se estiver unida à Confissão.
            O propósito que se deve ser interno, universal e eficaz, é a vontade resoluta de não mais cometer pecados e de fugir das ocasiões próximas, diretas e voluntárias.




OS MEIOS DE EXPIAÇÃO
            A pena eterna merecida pelo pecado pode ser perdoada:
            a) Com a satisfação ou penitência sacramental, que é a boa obra imposta pelo Confessor como castigo e para correção do pecador e para descontar a pena temporal, merecida pelo pecado.
            b) Com a virtude da penitência, que inclina o pecador a detestar o pecado, a fugi-lo resolutamente para o futuro e repará-lo. As obras de penitência e de piedade são os jejuns, as mortificações, as obras de misericórdia espiritual e corporal, as orações, o uso piedoso das coisas bentas, dos sacramentos e das cerimônias sagradas, a aceitação resignada, cordial e alegra das cruzes e das penas, o fiel cumprimento dos deveres do próprio estado e a obediência.
            c) Com as indulgências que são a remissão da pena temporal devida aos pecados; remissão que a Igreja concede aos fiéis aplicando os méritos e as satisfações superabundantes de Jesus Cristo, da Virgem e dos Santos. A indulgência pode ser plenária e parcial, perpétua e temporária, pessoal, real e local segundo perdoa toda ou parte da pena, é concedida para sempre ou por um tempo limitado a uma pessoa, ou admitida ao uso de uma coisa ou lugar.

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